sábado, 3 de janeiro de 2015

MENSAGEM PRESIDENCIAL: HINO À CONTINUIDADE E À ESTAGNAÇÃO DO PAÍS

 
 
 
O Presidente da República, como sempre é habitual, deixou a sua mensagem ao país, no primeiro dia de 2015.
Foi uma das mensagens mais vazias de conteúdo, mais afastadas da realidade, mas também mais, a profecia da continuidade, da aversão à mudança e à renovação do sistema político e do país.
 
O Presidente da República sabe, melhor do que ninguém, porque é e foi um dos principais protagonistas do regime político português, vindo da área social-democrata, que o sistema político português, os partidos políticos tradicionais, estão viciados e, como tal, pouco ou nenhum valor poderão acrescentar ao país.
Vícios e vicissitudes de quarenta anos de regime.
 
Cavaco Silva defende, que a democracia portuguesa se tem de circunscrever aos actuais partidos representados no Parlamento, partidos já gastos, que nada de novo podem já prometer ao povo português e quando se sabe que, principalmente os da área da governação e de forma directa, foram os principais responsáveis pela situação ruinosa em que o país se encontra e como tal, não será, nunca será, pela mão destes partidos, que o país sairá do lodaçal em que se encontra.
 
Cavaco Silva sabe bem em que situação o país se encontra, sabe bem em que situação se encontram milhões de concidadãos, reprimidos e explorados por uma oligarquia de poderosos, que se apropriou do país e como tal, remetidos a condições primárias de vida, impróprias de um país membro de pleno direito, de uma União Europeia.
E sabe que essa situação lhes foi criada pela mão dos partidos do arco da governação, que tanto defende.
 
O Presidente da República teme e condena os partidos e movimentos cívicos emergentes, passando a mensagem, já muito gasta, do seu cariz populista e como tal perigoso, destas forças emergentes da sociedade, apostadas e empenhadas na renovação do sistema político e do país.
 
Cavaco Silva ao defender a partidocracia, aposta na continuidade e na estagnação do país.
Que legitimidade têm os partidos do sistema e os seus agentes para, sendo os campeões do populismo em quarenta anos de democracia, que mentiram e enganaram sistematicamente o povo português, populismo do pior, de chamar populistas àqueles que se erguem contra o verdadeiro populismo que deu cabo deste país?
Uma mensagem pobre, muito inconveniente e perigosa ´para um país que se quer renovar.